Stock Car: os impactos da combustão de gasolina.

A liberação de dióxido de carbono (CO2) e outros poluentes no meio ambiente.

Há 136 anos e apresentando uma aparência diferente dos atuais, uma das invenções mais notórias estreava a sua presença no cotidiano da sociedade e nas ruas da cidade de Mannheim, na Alemanha. Com um formato familiar a de uma carruagem e possuindo apenas três rodas na sua estrutura, o primeiro carro equipado com motores a quatro tempo – modelos que ainda são utilizados nos veículos modernos – realizava, em sua velocidade máxima de 16km/h, a viagem pioneira registrada por um automóvel com essas características. Além deste feito inédito para a época, o Patent-Motorwagen iniciava outro processo comum nos dias de hoje: a combustão de gasolina e a liberação de Dióxido de Carbono (CO2) – e outros poluentes – durante os trajetos. 

Entenda como funciona o processo de combustão e os danos gerados

Tanto no passado como no presente, este procedimento é essencial para ativar o desempenho dos motores presentes nos veículos, pois gera uma reação química entre substâncias liberando o calor e a luz necessários para o funcionamento do carro. Porém, durante a combustão, diversos produtos são liberados nos escapamentos, como Monóxido de Carbono (CO) e Óxidos de Nitrogênio (NOx), que são altamente perigosos à saúde e ao meio ambiente. 

Em alto nível, esses elementos podem causar dificuldade ao respirar, dor de cabeça e, em casos graves, até a morte. Além disso, são os grandes responsáveis no aumento dos buracos na camada de ozônio em nosso planeta, contribuindo para o efeito estufa e no aquecimento da temperatura global. 

Para compreender os impactos negativos desse método no dia a dia, um veículo simples (popular) e movido à gasolina libera cerca de 120 gramas de gás carbônico por quilômetro rodado, com a quantidade sendo variável de acordo com a potência do motor. Em São Paulo, por exemplo, segundo o inventário de emissões veiculares realizado pela CETESB de 2018, os carros despejaram em seus trajetos, naquele ano, 299 mil toneladas de Monóxido de Carbono (CO), 63 mil toneladas de Hidrocarbonetos Não Metano (NMHC), 165 mil toneladas de Óxido de Nitrogênio (NOx) e outras toneladas de poluentes tóxicos.

Os danos ao meio ambiente não são exclusivos de veículos tradicionais e da rotina urbana, mas também, alcançam níveis devastadores na área do automobilismo. Entre altas velocidades, trocas de marchas e pausas para o abastecimento e troca de pneus no Pit Stop, os carros de Fórmula 1 liberam cerca de 500 kg de dióxido de carbono (CO2) por corrida. Segundo os dados da Federação Internacional do Automóvel (FIA), em 2019, os automóveis da F1 deixaram mais de 255 mil toneladas de CO2 no final daquela temporada.

Há uma maneira de neutralizar?

De acordo com a pesquisa realizada por Marcelo Akira Kanno (UNICAMP) sobre os impactos do automobilismo no meio ambiente, para realizar a absorção de apenas as emissões de CO2 liberadas durante a temporada da Fórmula 1 seriam necessárias 8500 árvores maduras. Para mensurar um pouco mais os danos gerados apenas por esses veículos e a quantidade de árvores necessárias para neutralizar as consequências, é possível projetar com a quantia existente no planeta. 

Conforme indica o estudo da Revista Nature, o número de árvores existentes no mundo é cerca de 3,04 trilhões, com uma margem de erro de 5%. Essas estatísticas apontam que há 422 para cada ser humano vivo. Para combater as emissões cedidas pelas temporadas do automobilismo, os veículos da Fórmula 1 necessitam de 20 vezes mais o número de apenas uma pessoa para contabilizar os 8500. 

Em busca de ações que neutralizem as emissões de poluentes, a Stock Car adotou a prática de neutralização dos Dióxidos de Carbono (CO2) com a plantação de árvores e plantas. Com o projeto pioneiro que ficou conhecido como Selo Carbono Zero, a categoria plantou mais de 1.500 mudas para compensar as 45 toneladas de gás carbônico liberadas pela combustão de cerca de 20 mil litros de combustível dos seus veículos durante a corrida. 

Além da descarbonização através do cultivo e cuidados com áreas verdes, o surgimento das novas tecnologias para os automóveis permite uma diminuição na taxa de emissão de poluentes, mas em níveis mais lentos, pois o alto preço de aquisição e o custo de manutenção dos sistemas nestes veículos mais modernos são valores fora da realidade para boa parcela da população que já possui modelos mais antigos. 

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